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Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem!
 
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 The Castle - Finlândia

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Elizabeth Kalmar Finlands

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MensagemAssunto: The Castle - Finlândia    The Castle - Finlândia  Icon_minitimeTer maio 01, 2012 11:18 pm


Palácio Real




[ construindo ]
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Elizabeth Kalmar Finlands

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MensagemAssunto: Re: The Castle - Finlândia    The Castle - Finlândia  Icon_minitimeTer maio 01, 2012 11:22 pm



DIA SETE DE ABRIL DE MIL OITOCENTOS E CINCO
CLAREIRA – APROXIMADAMENTE 16 HORAS
VENTOS FRESCOS – ENSOLARADO

RP FECHADA
ELIZABETH KALMAR FINLANDS
E
FREDERICO JOHAN NORWAYS I

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Elizabeth Kalmar Finlands

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MensagemAssunto: Re: The Castle - Finlândia    The Castle - Finlândia  Icon_minitimeTer maio 01, 2012 11:45 pm



Please, lie to me!

Post 002, vestindo isso aqui.. Fiquei com dó u.u enfim.
Tradução:
* Kiitos, sir. Tänään aion yksin. - Obrigada, senhor. Hoje vou sozinha.
* Vahva - Forte
* Valkoinen - Branca
* On picnic? Voinko seurata sinua? - É um piquenique? Posso acompanha-la?
* On ilo - Será um prazer.




A tarde estava ensolarada e quando o dia ficava tão lindo e o céu tão limpo, caminhava até o lago e fazia um piquenique, lia algum livro e apreciava as imagens que a natureza me oferecia. Desde que Fred colocou aquele anel no meu dedo, era como se estivesse pisando nas nuvens, meu corpo estava mais leve e ar que entrava pelas minhas narinas parecia ainda mais puro. O Azul do céu estava mais intenso e as nuvens faziam desenhos de corações, como se os céus comemorassem e abençoassem nosso casamento.

Pedi a minha ama que hoje não me acompanhasse. Atravessei o jardim e quando o caminho de pedra terminou, um serviçal estava lá segurando a minha Valkoinen* já selada, ela havia sido um presente do meu pai, a égua mais bela que já esteve no haras, foi o que disse ao me dar.
- Kiitos, sir. Tänään aion yksin.* - O homenzinho baixo e careca abriu seu sorriso cansado e só depois que me ajudou a montar se retirou, me sentia grata por todos serem tão bons comigo. Pela primeira vez em anos, minha mãe permitiu que eu caminhasse sozinha, mesmo que dentro dos terrenos do castelo, ela sempre foi paranoica, talvez pelo que aconteceu a minha irmã. A cesta que estava levando comigo não estava se encaixando perfeitamente a frente do meu corpo e por isso comecei a cavalgada bem lentamente, e foi sorte. Antes que pudesse me afastar muito, ouvi uma voz conhecida chamar meu nome. Imediatamente meu coração bateu inquieto e eu ainda nem havia visto seu rosto. Virei para ter certeza de que não era uma alucinação e lá estava ele, em cima de Vahva*, o cavalo mais bravo que havia no haras do meu pai. Era negro, forte, estressado e nenhum dos meus irmãos ou primos conseguiram monta-lo, mas quando Fred falou algo em seu ouvido e o acariciou, o animal parecia outro e agora era seu escudeiro fiel.

- Meu querido... O que, o que faz aqui? Não o esperava. – Se soubesse que ele viria teria colocado um vestido melhor , e joias mais bonitas. Senti a minha bochecha corar, o que ele acharia de ver sua futura esposa tão esfarrapada? Mas o garoto apenas sorriu e se aproximou, mantendo o cavalo ao lado do meu e fazendo com que eu me esquecesse da minha aparência.
- Que bom que está feliz em me ver, branquela. – Aquele tom brincalhão que ele não usava há muito tempo, agora sim meu coração desesperava mais ainda. Ele não sorriu assim desde que foi anunciado que deveríamos nos casar, acredito que finalmente aceitou.
- E... E estou, meu senhor, mas é que fiquei surpresa. – Minhas bochechas queimaram novamente, as primeiras vezes que me senti assim acreditei está doente e febril, mas como era só perto dele, minha mãe explicou-me o que acontecia e me senti tão feliz. Escolhi o garoto perfeito pra entregar meu coração, e jurei que morreria sendo dele.

- Me chame apenas de Fred, Liz. – Ele mexeu nos cabelos daquele jeito que eu gosto e suspirei, mal podendo esperar pelo dia em que irei ficar horas deslizando os dedos naqueles fios e beijando aqueles lábios. Acenei com a cabeça positivamente e fiquei ali, viajando e pensando nos momentos que teria ao lado dele, quando ouvi a sua voz novamente.
- On picnic? Voinko seurata sinua?* – Voltei a sorri e acenei positivamente, o garoto é tão inteligente que não demorou pra que aprendesse a língua falada no meu país, que logo também seria nosso país. Qualquer palavra, em qualquer língua, ficava mais bonita saindo da boca dele, do meu Fred.

- Se on ilo.* - E no caminho da trilha apagada, lembrávamos as férias que passamos ali, das nossas brincadeiras e de como apostávamos corrida. Eu sempre ficava pra trás e Frederico era o único que voltava por minha causa, sempre sacrificando suas vitórias certeiras por minha causa e pelo meu bem estar, até que passei a me esforçar e a correr junto dele. Queria ser uma boa mulher pra ele, ser a garota que corre ao seu lado e não a por quem ele tem que sacrificar as coisas que mais gosta, queria ser forte também e orgulha-lo, só pra escutar mais uma vez ele dizer: “Você foi muito bem hoje, branquelinha”. Enquanto bagunçava meus cabelos.

Chegamos ao grande carvalho, havia muitas árvores perto do lago, mas nenhuma como aquela. Era gigantesca, precisava de umas 6 pessoas de mãos dadas pra abraçá-la e quando o vento soprava as suas folhas, uma orquestra natural começava tornando o ambiente ainda mais agradável. Fred habilidosamente desceu do seu cavalo e me ajudou a desmontar, quando ele pegou na minha cintura senti que poderia desmaiar, bem ali nos seus braços fortes.

O silêncio predominou, eu percebi que o garoto queria me dizer algo. Será que ele estava ali para dizer que gostava de mim? Será que daríamos nosso primeiro beijo de verdade? Tentei não dar pulinhos de alegria e como Frederico agora levava a cesta, aproveitei as mãos livres pra arrumar meus cabelos e o meu vestido, esse seria o lugar perfeito para o primeiro beijo, seria melhor do que imaginei. Paramos ao pé da árvore e o menino me ajudou a estender a toalha pra que nos sentássemos, ainda bem que minha ama é exagerada e fez lanche o suficiente pra umas quatro pessoas. Arrumei as porções sobre a toalha peguei um dos pãezinhos, enquanto o observava falar e comer.

- Lizzie, ta me ouvindo? – Pisquei os olhos algumas vezes e balancei a cabeça tentando despertar, mas Fred é o único garoto que já vi que ao sorrir, sorri com os olhos também. Que sempre bagunça o cabelo quando está sem jeito e que tem uma risada tão gostosa de ouvir, totalmente diferente da risada grosseira do meu irmão mais velho, era como um instrumento novo na orquestra que sempre escutava ao me sentar ali, como poderia raciocinar assim?
- Desculpe meu... Fred. Me distraí um pouco, mas o que disse? – Ele falou que não era nada demais e apontou para o lago.
- Viu como está bonito hoje? – Perguntou com sue jeito fofo, e pela primeira vez desde o segundo que coloquei meus pés ali, retirei os meus olhos do garoto e observei a paisagem a nossa frente.

A luz solar batia no lago e a brisa soprava a água criando pequenas ondas e fazendo uma dança de luzes com cores diferentes, que refletiam pra todo o lado. As aves voavam baixo para se alimentar dos peixes e o campo de flores que ficava do outro lado, dançava ao som da música.
- Está perfeito, ainda mais com você aqui. – Ele pareceu envergonhado, mas logo embarcamos em outro assunto. Quando estávamos cansados de comer, apenas nos recostamos na árvore enquanto o garoto fazia alguma coisa, com as flores que estavam a nossa volta.

- Não é a mais bonita, mas considera essa coroa um presente pelo lanche. – Existem tantas coisas que o garoto é capaz de fazer e ainda sim me surpreendo, a forma como ele traçou os cabos das flores e como as posicionou, transformando aquele emaranhado em uma guirlanda perfeita, a mais perfeita de todas, era incrível. Um príncipe que podia fazer desde as coisas mais simples, como as mais majestosas. Me curvei um pouco e com o sorrido mais besta na face, permiti que ele me “coroasse”.

- Declaro você Elizabeth, a Rainha da clareira e do lago. Acene para seus súditos. – Em meio a risadas fiz uma breve reverência e acenei em direção ao lago, enquanto o garoto fazia um “aewww” baixo, imitando uma multidão.
- Como rainha, decreto que esse será o lugar mais especial e cheio de vida de toda Finlândia e qualquer criatura com o coração dolorido, se sentirá melhor aqui. – O garoto riu e me aplaudiu, em seguida ri também.
Conversamos mais um pouco, li pra ele alguns dos meus poemas preferidos e percebi que esse estava sendo o melhor dia de todos.
- Fred, já pensou em deixar seu cabelo crescer? Adoraria vê-lo um pouco maior, tenho certeza que apareceriam cachos. Prometa que até o casamento deixará crescer? Depois pode cortar se quiser. Ah e quando nos casarmos, sempre iremos vir aqui, prometa? – Levei as minhas mãos até o meu coração e suspirei, desviando os olhos para ele e percebendo que o anel não estava em seu dedo, não sei explicar, mas algo ruim passou pela minha mente.

- Quanto ao nosso casamento Liz, eu sinto muito... Mas não pode acontecer. – Foi como se ele tivesse virando um balde de água gelada contra a minha cabeça, eu imaginei que ele não quisesse se casar comigo, mas achei que era tudo uma questão de tempo, que logo ele iria perceber que me ama também.
- Meu bem... Mas que besteira é essa? Não diga coisas assim, meu amor. Está quase tudo pronto pra que nos casemos em Julho, amanhã eu vou provar o vestido e... – Senti meu coração ir se apertando, meus pulmões se fechando e minha visão embaçada, estaria morrendo? Acho que não, não fisicamente.
- Eu gosto muito de você Liz, mas é como se fosse uma irmã pra mim. Você entende, não entende? Sou como um irmão pra você, sempre te tratei como um. Não precisa se forçar a aceitar esse casamento, não quero que estraguemos nossas vidas por causa de um capricho dos reinos. Olha, se juntos formos falar com nossos pais, tenho certeza que podemos fechar um acordo financeiro e nada de casamentos arranjados. – Ele sorriu e falava de maneira tão empolgada, que todos os meus temores voltaram. Mas a mãe dele havia dito que ele pensava em mim, que me amava e que teríamos lindos filhos juntos. Frederico me pertencia desde que nasci, era o que ela dizia e por que ele não via isso? Só tem uma explicação. Deslizei os dedos delicadamente pelo meu rosto e o enxuguei, respirei fundo e balancei a cabeça negativamente.

- Fred, querido, você só está confuso. Sei que somos muito novos, mas nada vai mudar. Você vai voltar e terminar seus estudos e então nós teremos muito tempo juntos, como príncipes e logo depois rei e rainha. Nosso futuro é lindo junto, vamos trazer a paz aos dois reinos e vamos nos amar. Tudo bem se não quiser visitar a Finlândia, eu não me importo. – Controlava a minha respiração, mamãe sempre me ensinou a manter o controle dos meus sentimentos e por mais que estivesse muito difícil, eu lutava arduamente.

- Não é certo, essa coisa entre a gente não vai funcionar. Não me leve a mal...– Fred pegou minha mão e dentro dela colocou o anel que combinava com o meu, havia sido escolha de sua mãe, mas não posso negar que gostei.
- Você não gostou do anel? Eu posso pedir pra troca-lo, podemos nem usar se quiser, só, por favor, case-se comigo. – As lágrimas voltaram e eu não estava mais ligando pra controle algum, só o queria pra mim. O meu sonho de ser dele e acordar todas as manhãs olhando o seu rosto angelical ainda adormecido, começou a se afastar, se afastar de forma que já não podia toca-lo.
- Não Lizzie, você não entende. Eu não posso amar você, por que amo outro alguém. E você é maravilhosa demais, pra viver com alguém que te tem como uma irmã. Exatamente por gostar de você, quero vê-la feliz e radiante como sempre foi. – Soluços começaram a escapar e uma dor latente ia matando o meu coração bem lentamente. Coloquei a mão, que antes segurava a dele, sobre o peito e me curvei um pouco, soltando um ofego enquanto ainda soluçava.

- Liz, você está bem? Olha, não pensei que fosse ficar assim, mas eu não posso. – Ele se aproximou e eu me agarrei no seu colete, puxando-o pra mim e afundando meu rosto no seu peito.
- Como posso está bem? Sinto que vou morrer! Por favor, Frederico. Por Deus, por Merlin ou por qualquer deus, não faça isso comigo. Eu amo você, amo como jamais amarei ninguém e como prometi amar até o dia da minha morte. Jurei que se não fosse sua, não seria de mais ninguém, meu amor. Por favor, por favor, meu Fred, meu menino... Fica comigo. Não faça isso, ela é melhor do que eu? Mais bonita? Mais esperta? Seu reino é maior e mais próspero? Não deixe ela roubar seu coração de mim. – Eu o abracei com força e não o soltaria, se tivesse uma maneira casaria com ele agora mesmo, não posso perdê-lo, não pra uma garota qualquer.

O garoto segurou nos meus ombros e me afastou, meus olhos se encontraram com aqueles olhos azuis que costumavam ser tão serenos, e agora eram tristes e cruéis, tão cruéis quanto as palavras que a boca dele liberava, apunhalando meu coração.
- Meu coração era dela, antes de eu te conhecer. E você acha que me ama, mas é por que minha mãe diz que você tem que me amar e quer acreditar nisso, mas não tem. Lizzie, você não precisa me amar, só precisa ser feliz. – Balancei a cabeça com mais agilidade agora, e enxuguei o rosto.
- Você não entendeu Frederico, eu amo você, e não vou permitir que ninguém te roube de mim. Em julho nós vamos nos casar de dali em diante, nós seremos perfeitos um para o outro e você esquecerá essa garota. – O garoto se levantou e eu o fiz também, segurando mais uma vez em seu colete e afundando meu rosto contra seu peito. Não acredito que posso perdê-lo... Não acredito que o estou perdendo.
- Eu não sou seu, não quero ser e nunca ninguém será perfeita pra mim, além dela. – Ele se afastou e levantou, deu as costas e antes de continuar parou.
- Pense no que eu disse, quando decidir acabar com isso estarei pronto pra ir até nossos pais. – Após um aceno com a cabeça meu amor, meu querido Fred montou em seu Vahva e foi embora, pra bem longe de mim e nem nos beijamos. Cai sobre os meus joelhos, me entregando ao choro enquanto pressionava o anel de noivado contra o meu peito.

- Não... Não me deixa Fred, NÃO ME AMOR. Meu senhor... Meu Fred, por favor. – A frase saiu mais como um urro desesperado, implorando pra que ele ficasse. Nunca na minha vida implorei nada, mas nunca senti que fosse morrer se não tivesse algo, e a única coisa que desejei com todas as minhas forças ter, se foi... E agora eu estava ali, quebrada. A música silenciou e o único som que ecoava por entre as árvores, era o do meu choro... Eu o perdi.



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Frederico Johan Norways I
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MensagemAssunto: Re: The Castle - Finlândia    The Castle - Finlândia  Icon_minitimeQui maio 31, 2012 4:43 pm




Nothing makes sense,
I want someone to love me, who I am. I want someone to need me, is that so bad? I wanna break all the madness, But it's all I have. Nothing makes sense, Nothing makes sense anymore.Nothing is right, Nothing is right when you're gone. I'm losing my breath, I'm losing my right to be wrong, I'm frightened to death,I'm frightened that I won't be strong.





Foi uma semana difícil, depois do incidente com o James resolvi sossegar a também não procurei Jully. Não era por que estava chateado ou qualquer coisa do tipo, na verdade não via a hora de poder me reconciliar com ela. O problema e que sabendo que eu deveria me casar e que agora isso estava certo, não conseguia olhar nos olhos dela. Como poderia? Acabaria me delatando e conhecendo a menina como conheço, seria capaz de ela mandar que eu me casasse pelo bem do meu povo.
Aproveitei o final de semana e decidi visitar Elizabeth, não avisei, já que se eu fizesse tenho a certeza de que ela falaria com a minha mãe, a mãe dela, Deus e o mundo... E tudo o que precisava era um momento com a garota.

Diferente do meu reino, na Finlândia o mundo bruxo era bem mais “aflorado” se assim posso dizer, só que o fato de eu ter aparatado nos estábulos não assustou o homem que era responsável pelos cavalos, por que ele também era um bruxo. Todos no castelo eram, e isso facilitava muito minha vida.
- Meu príncipe, não esperávamos você. – O cavalariço pulou do banco e arrumou as vestes, eu fiz um aceno pra que ele continuasse onde estava.

- Queria fazer uma surpresa pra Lizzie, sabe me dizer onde ela está? – Estava com os braços pra trás, não trazia comigo a espada e também não usava um traje formal como era de costume. O homem alto e com cara de sono coçou os pelos ruivos do queixo e moveu-se como se tivesse tido uma clarão nas ideias.
- Não há muito tempo, um dos criados saiu com Valkoinen selada, acredito que a jovem vá para o lago. – Como imaginei, sempre que o tempo estava bonito, não só ela, mas como todos da família, gostavam de cavalgar.

- Obrigado, eu vou atrás dela e... Você não me viu, okay? - O homem concordou e fez questão de selar meu cavalo pra mim, Vahva estava muito mais amigável agora do que era antes, vejo que ele acostumou-se com o lugar e sempre que podia, vinha vê-lo. Scott que não gostava muito dessa ideia. Montei no cavalo e cavalguei até a trilha de chão, que dava ao lugar preferido da garota, ela e minha irmã sempre nos forçava a participar de piqueniques lá, no final não era tão ruim assim. Encontrei a garota muito antes do que esperava, ela tentava equilibrar a cesta a frente do corpo quando me aproximei.

- Lizzie! – Chamei, ela parou de imediato com uma aparência que há muito tempo eu não via. Seus cabelos estavam soltos, não havia maquiagem exagerada, nem joias que ofuscavam sua real beleza e eu gostava disso. Gostava quando ela era apenas a minha irmãzinha, sem máscaras, sem tentar ser uma mulher crescida.
- Meu querido... O que, o que faz aqui? Não o esperava. – Soltei uma risada baixa, seria normal que ela se surpreendesse e estava me convencendo ainda mais de que havia sido melhor aparecer de surpresa.
- Que bom que está feliz em me ver, branquela. – Me fingi de ofendido, talvez por vê-la assim sem formalidades eu me sentia a vontade pra brincar como antes, dizer o que eu vim dizer poderia ser muito mais fácil do que imaginei.

- E... E estou, meu senhor, mas é que fiquei surpresa. - Lá estava outra formalidade dela, me chamando de senhor. Além de fazer com que me sentisse velho, fazia parecer que não nos conhecíamos, que não éramos amigos e isso eu não queria hoje. Aproximei o cavalo do dela e enchi o peito de ar, a encarando e sorrindo.
- Me chame apenas de Fred, Liz.- Coloquei a mão sobre sua cabeça, lhe bagunçando um pouco os fios dourados.
- On picnic? Voinko seurata sinua?* - Geralmente eu falava com a pessoa na língua dela, mas ainda estava aprendendo o Finlandês, na verdade eu estendia tudo o que me falavam, mas na hora de falar ainda arranhava um pouco e tinha um sotaque carregado, por isso na maior parte do tempo usava o Inglês.

- Se on ilo.* - Após receber a resposta positiva, passei a acompanha-la pela pequena trilha que dava a árvore mãe, como chamávamos. Era a maior árvore que havia ali no jardim do castelo, ficava a beira do lago e foi sede de todas nossas brincadeiras nas férias. Parece que foi ontem que fomos crianças e que corríamos ali com espadas de madeira, ou com as varinhas. Ali era permitido e rezava pelo dia em que na Noruega também fosse, talvez quando me casasse com Julliet e me tornasse rei, com ela ao meu lado eu teria coragem o suficiente pra tornar o reino melhor.

Desci do cavalo quando chegamos ao final da trilha e dei a volta, ajudando que Lizzie descesse também, ela continuava tão leve que até me deixou preocupado. Será que essa menina se alimenta? Parecia que não, mas podia ser coisa da minha cabeça também. Retirei de suas mãos a cesta do lanche e segui até a árvore junto dela, com certeza os melhores piqueniques eram ali, a vista era a melhor e a sombra acolhedora.
Juntos estendemos a toalha abaixo da árvore, havia reinado um silêncio constrangedor, pensava em qual era a melhor forma de dizer tudo o que sentia pra ela, sem machuca-la.

Sentei sobre a toalha e peguei um pedaço de bolo, a Ama de Lizzie fazia o melhor bolo de cenoura de todo o universo, nem mesmo de Hogwarts era tão bom.
- Esse é o melhor bolo que já comi, nem o de Hogwarts é tão bom e olha que os elfos capricham! Quando disse isso a Pimba a coitada quase me matou. – Soltei uma risada baixa e depois dei outra mordida no bolo, era realmente o melhor.
- Sabe, eu vim aqui por que tenho algo importante pra te dizer e... – Quando encarei a garota, ela estava me olhando, mas não parecia perceber realmente o que eu dizia, sua expressão era engraçada e eu mesmo tempo fofa. Cocei a minha nuca e sacudi a mão frente ao rosto dela.

- Lizzie, ta me ouvindo? – Ela piscou algumas vezes, me fazendo ter a certeza de que ela estava ali só fisicamente e sua mente viajava ema algum lugar bem distante, lugar esse que eu queria saber como era.
- Desculpe meu... Fred. Me distraí um pouco, mas o que disse? – Ri e dei de ombros, acho que não era o melhor momento pra isso.
- Nada demais. – Apontei para o lago, a água refletia a luz do sol e fazia desenhos onde estávamos. Também havia pássaros e flores, Jully com certeza iria adorar esse lugar.
- Viu como está bonito hoje? – Era bonito sempre, até mesmo quando o inverno castigava.

- Está perfeito, ainda mais com você aqui. – Me senti desconfortável com esse comentário, a minha ideia de que ela pudesse gostar de mim gritou naquele momento, mas só podia ser coisa da minha cabeça. Tratei logo de mudar de assunto, não era o momento ainda, eu acho. De qualquer forma nós rimos e lembramos, também fizemos piadas sobre o irmão mais velho dela e falamos sobre magia, enquanto isso, aproveitei pra trançar as flores do campo que estava a nossa volta, aprendi a fazer isso com o jardineiro lá de casa e só agora percebi que nunca havia feito uma guirlanda pra Jully.

- Não é a mais bonita, mas considere essa coroa um presente pelo lanche. – Soltei uma risada baixa, não tinha ficado tão mal assim, só um pouco torto, mas de qualquer forma eu não sou o melhor nisso. Me curvei um pouco na direção dela e ergui a guirlanda, colocando sobre sua cabeça.

- Declaro você Elizabeth, a Rainha da clareira e do lago. Acene para seus súditos. – Brinquei, os seus súditos eram os pequenos animais, os peixes no lago e as árvores, ali na clareira era apenas o que havia além da gente, e foi divertido vê-la entrar na brincadeira, não sendo a garota sempre séria e tensa que ela havia se tornado desde a noticia do nosso noivado.

- Como rainha, decreto que esse será o lugar mais especial e cheio de vida de toda Finlândia e qualquer criatura com o coração dolorido, se sentirá melhor aqui. – Mesmo em uma brincadeira eu podia ver o coração puro dela, enquanto falava. O jeito como sorria e acenava, treinada pra agradar a todos desde que nasceu... Assim como eu fui, mas ali éramos apenas amigos lanchando. Na verdade era mais que isso, Liz era o pedacinho da minha irmã, que agora havia sido tirada de mim.

Me encostei na árvore e fechei os olhos, ouvindo a voz melódica da menina ler seus poemas, mas tudo o que eles diziam me fazia pensar na minha Jully, a minha loirinha que nesse momento devia está em Hogwarts achando que tudo entre nós estava acabado, destruído ou coisa parecida, mas os meus sentimentos por ela nunca estiveram tão fortes e assim que eu resolvesse o que tinha pra resolver, a tomaria em meus braços e diria tudo, absolutamente tudo.

- Fred, já pensou em deixar seu cabelo crescer? Adoraria vê-lo um pouco maior, tenho certeza que apareceriam cachos. Prometa que até o casamento deixará crescer? Depois pode cortar se quiser. Ah e quando nos casarmos, sempre iremos vir aqui, prometa? – Engoli a seco, abri os olhos e ergui a cabeça pra observa-la, talvez a hora fosse agora... Talvez eu devesse parar de evitar falar disso e abrir o jogo de uma vez, por que só Deus e Merlin sabem como doeu ouvir a voz dela recheada de esperança, enquanto eu vim aqui pra desfazer tudo isso, mas não permitiria que durasse mais.

- Quanto ao nosso casamento Liz, eu sinto muito... Mas não pode acontecer. – Por quanto tempo quis dizer essa frase? E agora que disse não me sentia melhor, na verdade sentia que as coisas não iriam acontecer da melhor maneira, talvez por causa do olhar que ela me lançou.
- Meu bem... Mas que besteira é essa? Não diga coisas assim, meu amor. Está quase tudo pronto pra que nos casemos em Julho, amanhã eu vou provar o vestido e... – Isso poderia ser pressão das nossas mães, eu acreditava nisso e por esse motivo sacudi a cabeça negativamente, tinha que deixar bem claro que não haveria casamento nenhum.

- Eu gosto muito de você Liz, mas é como se fosse uma irmã pra mim. Você entende, não entende? Sou como um irmão pra você, sempre te tratei como um. Não precisa se forçar a aceitar esse casamento, não quero que estraguemos nossas vidas por causa de um capricho dos reinos. Olha, se juntos formos falar com nossos pais, tenho certeza que podemos fechar um acordo financeiro e nada de casamentos arranjados. – Sorri, essa ideia do acordo financeira seria perfeita! Deviríamos as tropas e parte da Finlândia na Noruega e parte da Noruega na Finlândia, como reinos irmãos e amigos. Tenho certeza que ela iria entender, e talvez pudesse até se animar e encontrar alguém que realmente amasse.

- Fred, querido, você só está confuso. Sei que somos muito novos, mas nada vai mudar. Você vai voltar e terminar seus estudos e então nós teremos muito tempo juntos, como príncipes e logo depois rei e rainha. Nosso futuro é lindo junto, vamos trazer a paz aos dois reinos e vamos nos amar. Tudo bem se não quiser visitar a Finlândia, eu não me importo. – Aí estava, era isso... Eu sempre soube, mas nunca quis saber. Não podia ser, eu a tratava como tratava minha própria irmã, como confundiu as coisas? Com certeza foi minha mãe, ela deveria ter dito coisas que criaram esperança na menina, mas eu não a via como mulher.

- Não é certo, essa coisa entre a gente não vai funcionar. Não me leve a mal... – Tirei do bolso da minha capa o anel que havíamos trocado no dia do noivado, humilha-la diante do reino e dos nossos pais seria terrível, mas aqui eu poderia dizer exatamente o que sentia. Coloquei o anel sobre a mão dela e fechei seus pequenos dedos finos em torno dele, acenando negativamente com a cabeça.
- Você não gostou do anel? Eu posso pedir pra troca-lo, podemos nem usar se quiser, só, por favor, case-se comigo. – Será que a pressão fazia tudo isso com a mente da menina? Era só medo de ser rejeitada, não era? Devia ser, sentia-se envergonhada, mas o problema não era com ela. Elizabeth é uma garota linda, gentil, amorosa, bondosa... Mas não é a Julliet.

- Não Lizzie, você não entende. Eu não posso amar você, por que amo outro alguém. E você é maravilhosa demais, pra viver com alguém que te tem como uma irmã. Exatamente por gostar de você, quero vê-la feliz e radiante como sempre foi.- Se eu estava sendo sincero, seria inteiramente sincero. Se ela realmente me amasse iria querer me ver feliz, tenho certeza que iria entender, por que amor é uma coisa que não se pode mudar e não da pra lutar contra também. Já tentei não amar Julliet, mas isso só serviu pra eu ter certeza que não viveria sem ela.

A reação da loira não foi nada do que eu pensei, seu choro me machucava tanto... Ela sempre foi especial pra mim e juro que se pudesse escolher, se pudesse mudar as coisas escolheria ama-la, seria mais fácil pra todos e assim minha Julls poderia encontrar alguém que a amasse e não mentisse pra ela. Só que sou egoísta demais pra pensar nessa possibilidade, ninguém vai ama-la mais do que eu.
Quando a princesa se curvou parecendo sem ar, pensei que fosse desmaiar, mas seu choro só aumentou.

- Liz, você está bem? Olha, não pensei que fosse ficar assim, mas eu não posso. – Ela tem que entender, por todos os deuses. Iria tocar sua cabeça pra acalma-la, mas a jovem foi mais rápida do que eu e me puxou pelo colete, envolvendo seus braços magros em torno de mim, isso só ficava cada vez mais difícil.

- Como posso está bem? Sinto que vou morrer! Por favor, Frederico. Por Deus, por Merlin ou por qualquer deus, não faça isso comigo. Eu amo você, amo como jamais amarei ninguém e como prometi amar até o dia da minha morte. Jurei que se não fosse sua, não seria de mais ninguém, meu amor. Por favor, por favor, meu Fred, meu menino... Fica comigo. Não faça isso, ela é melhor do que eu? Mais bonita? Mais esperta? Seu reino é maior e mais próspero? Não deixe ela roubar seu coração de mim. – Parei de mentir pra mim mesmo, ela me amava afinal? Não sei, mas me apertava com força, como se temesse me perder, isso me fez recordar as vezes que eu abraçava Julls, desejando que ela pudesse ficar nos meus braços pra sempre. Fechei os meus olhos e respirei bem fundo, não sabia onde por minhas mãos, não queria deixa-la desamparada, mas e se eu a tocasse e lhe causasse ilusões? Não iria, não podia e não queria consolar o que achava exagero.

Coloquei as mãos sobre os ombros dela e a afastei, olhando diretamente seus olhos verdes, avermelhados pelo choro.
- Meu coração era dela, antes de eu te conhecer. E você acha que me ama, mas é por que minha mãe diz que você tem que me amar e quer acreditar nisso, mas não tem. Lizzie, você não precisa me amar, só precisa ser feliz. – Ela não pode me amar, senhor. Ela não pode. Tornaria tudo mais fácil, por que essa entidade divina que olha por todos está sempre complicando tudo pra mim?

- Você não entendeu Frederico, eu amo você, e não vou permitir que ninguém te roube de mim. Em julho nós vamos nos casar de dali em diante, nós seremos perfeitos um para o outro e você esquecerá essa garota. – Vê-la falando assim me deixou irritado, deslizei a mão pelo meu rosto e me levantei, já havia dito o que tinha pra dizer e não podia fazer mais nada, eu não poderia me forçar a ama-la e não havia nada que Elizabeth fizesse, que pudesse mudar isso. Ela se pendurou no meu colete mais uma vez, me fazendo abaixar novamente, não queria ser ignorante ou maldoso, mas tê-la tratado com carinho foi meu erro desde o principio.

- Eu não sou seu, não quero ser e nunca ninguém será perfeita pra mim, além dela. – Segurei em suas mãos com firmeza, mas sem força, e as tirei da minha roupa. Levantei e dei as costas a ela.

- Pense no que eu disse, quando decidir acabar com isso estarei pronto pra ir até nossos pais. – Não iria prolongar as coisas, já devia ter sido direto desde o começo e evitar que as coisas chegassem onde chegaram. Me doía muito vê-la chorando, mas também me doeu quando ela falou como se eu fosse um objeto, como uma criança mimada que estava perdendo o brinquedo. Meus pais, os pais delas e seus irmãos podem mima-la, mas eu definitivamente acho que ela precisa amadurecer e é uma pena que eu seja o primeiro a lhe dar uma lição.

Montei no meu cavalo e antes de virar dei mais uma olhada pra ela, desejava que tudo ficasse certo e que a clareira curasse seu coração dolorido. Agora voltaria pra Hogwarts e esperaria, esperaria por alguma luz.





post: 001 tag:Julliet, Elizabeth e NPCNotas AÇÕES FINALIZADAS. Revisei igual minha cara porca (:

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